Homem viciado em cocaína superou a sua dependência graças à quarentena por conta da COVID-19. Uma vitória

Macleod começou a consumir cocaína quando tinha 15 anos e não parou até que a quarentena o obrigou a não sair. Neste verão começou a frequentar as reuniões do Cocaína Anônima (CA) e embarcou em um programa de 12 etapas para deixá-la.

Quando começou o surto de coronavírus, Jonathon seguiu consumindo cocaína. O jovem se deu conta de que a chateação, o isolamento e o tempo livre o levaram a consumir ainda mais. Foi nesse momento, quando viu que sua vida se destruía por conta do seu vício, que decidiu fazer algo a respeito.

“Estava extremamente ansioso e paranoico, me sentia inútil e vazio e estava cheio de culpa pela forma com a qual estava tratando minha companheira, minha família e meus amigos. Não importava quem estava em minha vida ou o que tinha na vida, não podia parar ainda que quisesse.

–sinalizou o jovem ao UNILAD-

Jonathon mudou o seu estilo de vida e destinou o seu tempo livre para frequentar reuniões do CA e aprender mais próximo da sua doença e da sua saúde mental. Atualmente estão na etapa 10 das 12 e ele já está há mais de 90 dias sóbrio. Está orgulhoso do seu esforço, nunca pensou que conseguiria.

“Às vezes chorava até dormir ou não dormia nada, tentando dizer a mim mesmo que parasse e que usasse a minha força de vontade para não voltar a fazer isso, no entanto sempre voltava a consumir, muitas vezes chorava, inclusive quando metia cocaína pelo nariz. Saber que ia por minha vida com uma falsa personalidade e ego me paralisava cada vez que ficava só com meus próprios pensamentos”.

–disse Macleod na entrevista–

O jovem afirmou que levou muito tempo para se dar conta de que não podia permanecer sóbrio por si só e que se não deixasse a cocaína, terminaria morto. No entanto, o apoio de sua família, de sua namorada, dos seus amigos e das reuniões do CA, o ajudaram a superar o seu vício.

“Posso descansar a cabeça durante a noite e dormir sabendo que estou me esforçando ao máximo para ser uma boa pessoa e que não estou carregando nenhuma mentira. Posso olhar minha namorada, a minha mãe, o meu pai, o meu irmão e os meus amigos nos olhos e saber que estou vivendo uma vida honesta e pacífica”.

–comentou ao UNILAD–

Jonathon está contente e orgulhoso da sua conquista. Sente a necessidade de animar os outros para que mudem e assim que acabar o seu programa, trabalhará com os recém-chegados ao CA para ajudá-los com os seus vícios.